A etíope Etaferahu Temesgen Wodaj foi suspensa por 12 anos por consumo de EPO e testosterona, além de falsificar documentos para justificar o resultado positivo do controlo de doping.
Wodaj, de 30 anos, estava suspensa provisoriamente desde Novembro do ano passado, aguardando a resolução do seu caso pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU).
A suspensão entrou em vigor a partir de 20 de Novembro de 2019. A atleta foi submetida a um controlo antidoping em 20 de Outubro desse ano, após a maratona de Toronto, onde foi oitava com 2h27m21s.
A análise revelou que havia utilizado EPO e testosterona exógena. A atleta apresentou então um certificado médico emitido pela clínica AS Medium em 2 de Outubro, segundo a qual, ela havia utilizado os produtos proibidos para o tratamento de uma doença.
A AIU exigiu a Wodaj o original do certificado, assim como o nome do médico que havia assinado o certificado. A atleta respondeu então com novos documentos médicos e um novo certificado procedente do hospital Tikur Anbessa, datado de 10 de Outubro, que recomendava um tratamento à base de EPO, cada quatro dias por um período de três semanas.
A AIU decidiu investigar a autenticidade dos documentos, com a colaboração da Organização Nacional Antidopagem da Etiópia, que descobriu que a clínica AS Medium tinha cessado a sua atividade em 9 de Setembro, três semanas antes da suposta visita da atleta ao referido centro médico. Além disso, o médico que assinava os documentos não estava registado como médico e não havia qualquer registo da visita da atleta ao hospital Tikur Anbessa. Tudo isto serviu de agravante para a pensa de 12 anos de suspensão.