A IAAF anunciou a sua intenção de reduzir o número de disciplinas na Liga Diamante e de eliminar as provas de longa distância. O Quénia e a Etiópia já anunciaram a sua oposição a esta decisão.
O Quénia foi o primeiro país a exprimir o seu desacordo. Jackson Tuwei, presidente da Federação Queniana de Atletismo, considera que a supressão das provas de 5.000 e 10.000 metros como “totalmente injusta”, Este tema será aliás discutido no 28º congresso da Confederação Africana de Atletismo em Abidjan, em 15 de Abril.
Barnaba Korir, presidente da região de Nairobi, pensa que o atletismo perderia o seu significado histórico se as longas distâncias desaparecessem desta competição. “A maratona é o orgulho dos Jogos Olímpicos e os 5.000 e 10.000 metros são corridas que tornam interessante este desporto. Seria igualmente uma grande perda económica para os seus atletas. Tal poderia desencorajar os jovens atletas que admiram os seus veteranos”.
Na Etiópia, é Haile Gebreselassie, duplo campeão olímpico e quadruplo do mundo dos 10.000 metros, que mostrou o seu desacordo. Segundo ele, a decisão de limitar as provas aos 3.000 metros, irá afetar sobretudo o Quénia e a Etiópia, duas nações que dominam as grandes distâncias.
Quanto à Federação etíope de Atletismo, ela qualifica a decisão da IAAF como “ilegítima. Esta decisão mostra que a IAAF está pronta a retirar estas duas corridas dos Campeonatos do Mundo”.