Excedeu as melhores expetativas o X Meeting Vítor Tavares que este sábado, em Faro, abriu o Circuito Nacional de Meetings. Foram bastantes os primeiros planos nacionais presentes e houve alguns jovens a surpreenderem muito positivamente, com recordes pessoais que abrem boas perspetivas, em especial nos 100 e 800 metros. No hectómetro, José Pedro Lopes progrediu de 10,51 (em 2017) para 10,44 (v:+0,9 m/s), entrando já no top’20 nacional de sempre. Derrotou Rafael Jorge (10,48), que obteve o seu melhor tempo de sempre, excluindo as sempre excecionais condições da pista de Salamanca, onde conseguiu 10,41 na época passada (tinha 10,53 fora dessa cidade espanhola). Carlos Nascimento foi terceiro, com 10,54. Nos 800 m, triunfou José Carlos Pinto, que tinha como melhor 1.53,62 na época passada e 1.50,34 em pista coberta, este ano, e baixou agora de 1.50 (1.49,66). Mas o júnior (de 1º ano) Marcelo Pereira, atleta do NA Taipas, continua a surpreender: de 1.53,39 na época passada e 1.52,57 este ano, em pista coberta, melhorou para 1.49,66, retirando Fernando Mamede (1.49,7 em 1970 – há 48 anos!) do top’10 júnior de sempre!
Destaque ainda, no setor masculino, para o recorde pessoal de Diogo Mestre nos 400 m barreiras, de 51,53 para 51,42 (13º de sempre).
Bons 800 metros femininos, com Cátia Azevedo (2.06,35 contra 2.06,11 em 2017) e Patrícia Silva (2.09,00 contra 2.08,48) a menos de um segundo dos seus recordes pessoais e Salomé Afonso (2.07,30 contra 2.06,05) a pouco mais. Nos 100 metros, Rosalina Santos, 3ª a seguir à venezuelana Andrea Purica (11,46) e a Lorène Bazolo (11,61 mas 11,59 na eliminatória), melhorou o seu recorde pessoal de 11,80 para 11,73 (v:-1,0) na eliminatória, fazendo depois 11,85 na final.
Nota ainda para a presença dos melhores portugueses nas provas de salto com vara. Na masculina, Edi Maia, que havia passado 5,40 a 1 de maio, em Lisboa, não conseguiu passar os 5,00 iniciais, enquanto Diogo Ferreira, que regressara nesse dia à competição (com 5,30), após lesão que lhe cortou boa parte da época de pista coberta, melhorou agora para 5,35, falhando depois as tentativas a 5,55. Na prova feminina, Marta Onofre passou 4,00 e Cátia Pereira 3,80, a cinco centímetros da marca lisboeta de cinco dias antes.
Muito positivas as estafetas 4×100 m, em especial o tempo (44,91) da formação sportinguista (Rosalina Santos, Loréne Bazolo, Olímpia Barbosa, Filipa Martins), a escassos seis centésimos do recorde nacional de clubes, embora a marca não possa entrar no ranking pois Rosalina Santos (ainda) não é portuguesa.
Vencedores (e melhores portugueses):
Masculinos:
100 m (+0,9) – José Pedro Lopes (SLB) 10,44
400 m – Soufiane Bouhadda (SCP) – ALG 47,86
Raidal Acea (SLB) 48,08
800 m – José C. Pinto (SLB) 1.49,66
5000 m – Mussa Djau (AABV) 14.56,98
400 bar. – Diogo Mestre (SLB) 51,42
Vara – Diogo Ferreira (SLB) 5,35
Comp. – Santiago Cova VEN 7,51 (+1,5)
Marcos Caldeira (SCP) 7,50 (+1,2)
Peso – Edujose Lima (SCP) 14,95
Disco – Edujose Lima (SCP) 55,37
4×100 m – SL Benfica 40,10
Femininos:
100 m (+1,4) – Andrea Purica VEN 11,46
Lorène Bazolo (SCP) 11,61
(11,59/+1,4 na elim.)
800 m – Cátia Azevedo (SCP) 2.06,35
400 bar. – Andreia Crespo (SCP) 60,59
Vara – Marta Onofre (SCP) 4,00
Comp. (-0,7) – Patrícia Rodrigues (SLB) 5,33
Peso – Jéssica Inchude (SCP) 14,94
4×100 m – Sporting CP 44,91