A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) manifestou-se publicamente ontem, dia três de maio, sobre a possibilidade de virem a ser anulados os recordes da Europa e do Mundo anteriores a 2005, ideia proposta pela Associação Europeia de Atletismo (AEE).
“A FPA estranha a divulgação pública de uma proposta desta natureza sem que a mesma tenha sido debatida na Convenção da Associação Europeia com todas as Federações Membro. A Convenção não mandatou o Conselho para tomar qualquer posição pública em relação a esta matéria sensível”, pode ler-se no início do comunicado na página oficial da mesma.
A federação considera que “a medida até pode ser interessante, uma vez que atua sobre recordes que podem ter sido obtidos com recurso a substâncias proibidas”, no entanto, “será sempre uma injustiça para os atletas limpos, que ao perderem os seus recordes são tratados como se fossem atletas dopados, vendo os seus recordes apagados das listas”.
A proposta, “a ser aprovada”, não garante que a partir de então todos os resultados sejam obtidos de forma “limpa”, sendo por isso necessário focar a preocupação das “instituições internacionais com responsabilidade na matéria” na prevenção e investigação dos casos existentes.
De relembrar que a Federação Portuguesa de Atletismo “foi pioneira em Portugal no desenvolvimento de um Programa Educacional Antidopagem, em 2008, seguindo as recomendações internacionais” e que coopera, atualmente, com a ADoP, um programa de controlo de dopagem em competição e fora de competição.
Anular recordes para acabar com dúvidas
Na origem da proposta da AEE está a dúvida, por parte dos amantes deste desporto, sobre os recordes ganhos. O presidente da Associação Europeia de Atletismo, Svein Arne Hansen, disse mesmo tratar-se de uma solução “revolucionária”. Veja aqui os pormenores sobre a proposta de anulação de recordes.