A IAAF desmentiu formalmente que vá defender que a sul-africana Caster Semenya seja considerada como “varão biológico”, como publicou ontem o diário inglês The Times. Segundo o organismo dirigente do atletismo mundial, “a IAAF não classifica nenhum atleta DSD (com Diferenças de Desenvolvimento Sexual, segundo as siglas em inglês) como masculino. Pelo contrário, aceitamos o seu sexo oficial sem nenhuma pergunta e permitimos que elas compitam nas competições femininas”. A IAAF acrescenta ainda: “No entanto, se um nível elevado de testosterona masculina é descoberto numa atleta DSD, com consequências no desenvolvimento ósseo, o mesmo aumento da massa muscular e de potência que nos homens após a puberdade, que dá vantagem aos homens em relação às mulheres, então é necessário, para preservar a igualdade na competição feminina, pedir às atletas DSD a redução da sua taxa de testosterona ao nível das mulheres antes de uma competição internacional”.
A IAAF atrasou cinco meses a entrada em vigor das novas regras sobre o hiperandroginismo, que provocaram grande polémica. Semenya, de 27 anos, recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto, em colaboração com a Federação Sul-Africana, protestando contra as novas regras da IAAF. O Tribunal deve analisar o caso de Semenya na próxima semana.