Jéssica Inchude com ouro e mais sete medalhas no Ibero-Americano

Foi uma segunda jornada bem recheada de medalhas para Portugal a de hoje, no Campeonato Ibero-Americano, em Alicante. Jéssica Inchude ganhou a medalha de ouro e houve mais sete medalhas (3 de prata e 4 de bronze) ganhas por atletas portugueses. Na tabela de medalhas, Portugal é o terceiro em número de medalhas (10), a seguir à Espanha (20) e ao Brasil (11). Cuba, que se apresentou bastante desfalcada, só conseguiu 4. Em termos de medalhas de ouro, a Espanha domina largamente: 11, contra 3 da Rep. Dominicana.

Em relação à equipa nacional, e para além de Jéssica Inchude, destaque para Edgar Campré, já o segundo português de sempre no decatlo.

A grande figura nacional do dia foi Jéssica Inchude, vencedora do peso com 18,07 e mais três ensaios acima de 17,75 (17,90, 17,80 e 17,75), derrotando a espanhola Maria Belen Toimil (17,85). Eliana Bandeira foi 5ª com16,95.

Como se previa, face aos resultados das primeiras provas, Edgar Campré, 2º no decatlo, progrediu nada menos de 277 pontos e os 7729 pontos que obteve colocam-no como segundo português de sempre, apenas superado por Mário Aníbal (8213 p.).

Ruben Miranda, que passou 5,35 à primeira, foi segunda na vara, apenas batido pelo espanhol Didac Salas, que passou 5,40. João Pedro Buaró foi 4º com 5,20.

Muito disputada a corrida de 1500 m, que foi lenta e teve sete atletas a discutir os primeiros lugares na parte final. Triunfou Solange Pereira, atleta espanhola nascida em Portugal, com 4.15,87, e Salomé Afonso aguentou o 3º lugar, com 4.17,35. Também Tiago Pereira, com 16,71 no triplo, ganhou a medalha de bronze, em prova ganha pelo cubano Lázaro Martinez, que, com 17,30, bateu o recorde dos campeonatos.

Outra medalha foi conseguida por Emanuel Sousa, que não precisou de se aproximar do seu melhor para ser 3º no disco com 56,68. Edujose Lima ficou aquém do que vale, sendo 6º com 53,78.

Medalha inesperada foi a dos 4×100 m femininos. Com quatro equipas em ação, Portugal seguia em último mas a Espanha falhou a derradeira transmissão e a última atleta brasileira caiu. Bom tempo da seleção nacional: 44,82 é o quarto de sempre. Na prova masculina, a seleção falhou a 2ª transmissão (Wilson Pedro-Delvis Santos) e não se classificou.

Nos 400 m, João Coelho perdeu a medalha de bronze em cima da meta, mas conseguiu outra excelente marca (45,88), a três centésimos do tempo da véspera. Na prova feminina, Cátia Azevedo foi 5ª com 51,58. Duas vitórias de atletas da Rep. Dominicana e ambos com recordes dos campeonatos: Lidio Feliz, 44,64, e Marileidy Paulino, 49,49 e mais de um segundo de vantagem sobre a segunda.

Excelente progressão de Mariana Bento no heptatlo, de 5253 para 5418, marca que a coloca como 4ª portuguesa de sempre e recordista nacional sub’23. Foi quarta na competição. Também quarto foi Gerson Baldé, que passou 2,21 na altura à segunda tentativa, perdendo o lugar no pódio pelo derrube a 2,15.

Joana Soares cedeu bastante na parte final dos 3000 m obstáculos, sendo 7ª com 9.56,27, mas a escassos 41 centésimos do seu recorde pessoal. A vencedora, a argentina Belen Casetta, bateu o recorde dos campeonatos, com 9.29,60.

Nas eliminatórias de 110 m barreiras, a queda de Abdel Larrinaga na última barreira não o impede de estar na final, já que apenas participaram nove atletas nas duas séries e um deles foi desclassificado. Mas Larrinaga nem sequer foi último…

CAMPEONATO IBERO-AMERICANO – 2ª J. (Alicante, 21-5)