Sensacional a 45ª edição da Maratona de Berlim: o queniano Eliud Kipchoge tirou nada menos de 1m 18s ao recorde mundial, conseguindo 2h 01m 39s e ganhando com quase cinco minutos de vantagem, depois de correr isolado desde os 25 km, altura em que a última “lebre” abandonou a prova. Há mais de 50 anos que o recorde não levava um “rombo” tão grande – desde que Derek Clayton bateu o recorde por 2m 23s, em 1967, com 2.09.36,4.
Kipchoge, campeão mundial de 5000 m em 2003 (há 15 anos) e campeão olímpico da maratona em 2016, isolou-se desde início (apenas acompanhado das “lebres”) e fez a segunda metade da prova mais rápida que a primeira: 1.01.06+1.00.33! O segundo classificado, Amos Kipruto, gastou 2.06.23. Realce para o recorde pessoal de Zerzenay Tadese, quinto com 2.08.46. Mas apenas sete atletas baixaram das 2h 10m
No setor feminino, o triunfo pertenceu a Gladys Cherono, que já havia ganho a prova em 2015 e 2017 e melhorou agora para 2.18.11, subindo a quarta de sempre. Progressos ainda para a etíope Ruti Aga, segunda com 2.18.34 (5ª de sempre), enquanto Tirunesh Diaba foi terceira, com 2.18.55. A melhor europeia foi Salomé Rocha, oitava com um recorde pessoal de 2h 25m 27s, marca que a coloca como sétima portuguesa de sempre. Foi apenas a sua terceira maratona e melhorou as 2.27.08 que trazia da estreia, em Praga’2017. E terminou forte, com uma segunda metade bastante mais rápida que a primeira: 1.13.41+1.11.46! Excelente indício…
As duas outras atletas nacionais de primeiro plano desistiram: Catarina Ribeiro passou à meia-maratona em 1.13.42; Inês Monteiro em 1.13.46.
No setor masculino, o melhor português foi José Cabral, 321º com 2.40.30.
“Eliud Kipchoge tirou nada menos de 1m 06 s ao recorde mundial”
Não foi 1m18s? (2h02m57s-2h01m39s=1m18s).
Realce ainda que a marca da Carla Salomé Rocha é a 2ª melhor marca europeia do ano.