O queniano Eliud Kipchoge é um dos seis indicados ao Prémio Laureus na categoria Desportista do Ano. O recordista mundial da maratona esteve presente em diversos meios de comunicação internacionais para fazer um balanço da nomeação e da sua carreira de sucesso. Eis as suas declarações.
O que significa para si a indicação?
Estou muito feliz, principalmente depois destes dois anos difíceis devido ao COVID-19. Mas quero transmitir a mensagem de ter esperança para que as nossas vidas possam ser novamente as mesmas.
Qual seria a importância de ganhar este prémio?
Seria muito importante, quero ganhar para continuar a inspirar as pessoas, a juventude.
O que o motiva, depois de tudo o que conquistou, quer concluir as Majors?
Eu ainda quero fazer algo que possa chamar a atenção do mundo, como vencer todas as seis Majors. Quero correr o mundo e mostrar às pessoas que o desporto cria união e saúde, faz deste, um mundo unido.
Está interessado em baixar das duas horas de forma oficial?
Eu tentei e mostrei que isso pode ser feito. Espero que um dia no futuro, talvez em breve, uma maratona seja realizada em menos de duas horas.
O que precisa para correr em menos de duas horas?
A primeira coisa é a mente, aceitar que posso baixar das duas horas. Então, eu preciso de controlar a minha mente para levar-me ao limite e encontrar novos limites.
Paris 2024 é uma meta para si?
Sim, definitivamente está na minha lista de objetivos conseguir o hat-trick do ouro olímpico.
No seu plano para conseguir as seis ‘Majors’, vai correr em novembro em Nova York?
Por enquanto, não posso confirmar. Acabei de correr em Tóquio e quero descansar. Então, vou ver com toda a minha equipa o que está na mesa, as possibilidades que temos. Nos próximos meses, decidirei as provas em que estarei e divulgarei nas minhas redes sociais, com certeza.
Algumas semanas atrás em Tóquio, poderia ter batido o recorde mundial apertando mais forte?
Adorei o percurso, foi muito rápido, o máximo que já fiz. Estou feliz com o resultado. Fiquei feliz por poder correr em Tóquio, porque nos Jogos, tivemos que fazê-lo em Sapporo. Bater o recorde mundial é fácil em Tóquio, por causa do seu percurso rápido, mas o importante foi ver os fãs e correr no Japão.
Leva uma vida muito humilde, qual o segredo para que não lhe suba o sucesso?
Vivendo num perfil baixo, uma vida simples. Então, a minha mente está calma, não me distraio com nada que venha do mundo das celebridades. Eu coloquei tudo isso de lado. Eu sou um ser humano e tenho que atuar como tal, não como uma celebridade. A minha missão é com a humanidade, divulgar a minha modalidade. Este, é o meu único mundo, não tenho outro.
Em que ponto está com todos os avanços tecnológicos que propõe juntamente com a Nike?
Estamos no caminho certo. Trabalhamos em sapatos que fazem as pessoas gostarem de correr, também estamos a trabalhar na recuperação do esforço. Se não se tem um bom sapato, não pode apreciá-lo. Também queremos respeitar as regras.
Fala muito sobre as crianças, qual é a sua mensagem para elas?
Que sejam positivas na vida, que atinjam os seus limites. Todas as crianças são iguais e podem alcançar o mesmo. Elas são o futuro e têm este mundo por trás delas.