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Início Running Atleta do Pelotão

Luísa Espírito Santo/Uma “Salamandreca” à solta na natureza

Manuel Sequeira por Manuel Sequeira
2018-01-04
em Atleta do Pelotão, Destaque, Entrevista
0
Luísa Espírito Santo/Uma “Salamandreca” à solta na natureza
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Luísa Espírito Santo tem 50 anos de idade e começou a correr há 13 anos. Estreou-se na estrada mas já se “transferiu” para os trails. Já venceu algumas provas mas a simplicidade e a simpatia são a sua marca registada.

Luísa Espírito Santo tem 50 anos e é natural do Estoril. O atletismo surgiu-lhe há 13 anos e por acaso. Gostava de correr quando era jovem. Mas um dia, foi mãe e “esqueceu” as corridas. Mais tarde, recomeçou os treinos com uma amiga. Até que um dia, elas se depararam com um movimento anormal numa rua. “Perguntámos a um senhor o que se passava e foi quando ele nos disse que ia haver uma corrida e que tinha dois dorsais a mais do clube da Barcarena. Sem nada esperar, acabámos por fazer a prova que teve 9 km. Ficámos todas contentes mas também todas partidas”.

Luísa e a amiga começaram a treinar mais regularmente e a fazer amigos nas corridas. A nossa entrevistada foi depois à Corrida do Tejo pelo clube de Barcarena e nunca mais parou. Depois, correu pelos Leões de Porto Salvo, participando no Torneio das Localidades de Oeiras e nas provas tradicionais.

Luísa 8Foi numa destas provas, numa Corrida do Metro que acabou no Rossio, que conhecemos a Luísa. Fomos encontrando-a esporadicamente devido à sua opção pelos trails, até que chegou o momento de a entrevistarmos como “Atleta do Pelotão”. Não foi fácil arrancar-lhe a entrevista, dada a sua simplicidade e anti vedetismo.

“Sentimo-nos tão formigas quando deparamos com aquelas montanhas!…”

Entrada no Circuito Nacional de Montanha

Luísa venceu durante anos consecutivos o seu escalão do Torneio da Localidades de Oeiras. Até que um dia foi convidada por alguém do GD Águias Unidas a participar no Circuito Nacional de Montanha (CNM). “Para quem só estava habituada às provas de estrada, não foi fácil a transição para a montanha. Sentimo-nos tão formigas quando deparamos com aquelas montanhas! Só indo lá correr é que as conhecemos. Mas há muita competitividade, prémios monetários”.

Diz-nos que no início das provas de montanha, estava quase uma semana sem conseguir descer as escadas como uma pessoa normal. “Só à 5ª, 6ª feira seguinte, é que era capaz de recomeçar a correr”.

Foi no CNM que surgiu o “bichinho” pelo Trail. Um dia, foi convidada para um treino noturno na serra de Sintra com os Salamandrecos. “Fiquei de rastos, não fiquei com vontade nenhuma de lá voltar”. Mas a verdade é que nunca mais saiu do grupo dos Salamandrecos e as provas do CNM passaram a parecer-lhe mais acessíveis.

No NAZA e Salamandrecos

Luísa 13Corre neste momento pelo Núcleo de Atletismo da Zona de Abóboda” (NAZA) algumas provas do Circuito de Cascais e pelos Salamandrecos nos Trails. Não tem treinador nem plano de treinos e costuma treinar quatro vezes por semana. Vai muitas vezes para o trabalho a correr e quando a espera uma prova com uma maior quilometragem, regressa a casa também a correr.

Triunfo no Trail do Sicó

Há três anos, surgiu o grande desafio: os 100 km do Ultra Trail da Serra de S. Mamede. A adaptação foi feita em muitos treinos à noite e na participação em trails com distâncias mais curtas.

Luísa 10Entusiasmada, contou-nos como venceu então o Trail do Sicó na distância de 65 km. “Vi a primeira rapariga aos 10 km, eu estava muito bem e passei por ela. Nos packs, davam-me muita força e ganhei a prova. Mas se foi uma grande alegria, foi também uma grande tristeza pois cortei a meta e não havia a fita, não havia fotógrafo para registar o momento, nada!”

A este triunfo, seguiram-se outros ou então, boas classificações na geral e no escalão.

“Quando começarem a correr, não o façam muito tempo sós. Juntem-se a um grupo de treino”

Estreia nos 100 km

Até que chegou o grande dia dos 100 km da Serra de S. Mamede. “Foi muito divertido, são coisas que ficam para a vida”.

Luísa foi com o seu grupo de amigos dos Falcões Selvagens até cerca dos 55 km, depois correu quase sempre sem companhia. “Aos 70 km, encontrei o amigo João Maia que me contou pormenorizadamente o que ainda ia encontrar nos 30 km que faltavam. Incentivou-me imenso, deu-me vida”.

Luísa 2Ela lá continuou a sua cruzada a caminho da meta, ultrapassando atletas, muitos deles da prova mais curta dos 40 km. Já nos dois últimos 2 km, encontrou um espetador, o João Lima que tinha ido ver correr um casal do seu clube, que a companhou até ao Estádio Municipal de Portalegre. Foi 5ª da geral e 2ª do escalão. “Foi a maior festa que apanhei numa chegada. Fomos recebidos como se tivéssemos sido os primeiros”.

Foi um realizar de um sonho que exigiu muito trabalho. “Muitas vezes, levantava-me às 5 h da madrugada para ir treinar, para me habituar a correr de noite nos trilhos técnicos. Isso requer muito tempo e disciplina”.

“Há demasiada competição na estrada, é um salve-se quem puder. No trail, arranjamos amigos, há muita entreajuda”

Ultra Trailer

Luísa Espírito Santo é uma ultra trailer. Provas com mais de 50 km, é onde ela se sente como peixe na água. O Ultra Trail da Serra de S. Mamede é a sua prova preferida mas o momento da carreira que mais a marcou foi o triunfo no Trail do Sicó.

Já a prova que mais a desagradou foi o Ultra Trail do Douro/Paiva na distância de 70 km. “O percurso estava mal marcado, tivemos de andar a desbravar mato, houve falhas nos abastecimentos e nos apoios, foi mau”. Não esquece também um ano em que foi segunda no CNM. “Ainda hoje estou à espera do prémio!”.

Luísa 7Convidada a dizer-nos quais as principais diferenças entre a estrada e o trail, não hesitou: “há demasiada competição na estrada, é um salve-se quem puder. No trail, arranjamos amigos, há muita entreajuda”.

 

 

 

Entrada triunfal no Estádio Olímpico de Sevilha

Já fez quatro maratonas de estrada e recorda a primeira em Sevilha: “Foi inesquecível, as pessoas quase que nos levavam ao colo. Treinei bem mas arranjei uma lesão uma semana antes da prova. Mal conseguia andar, levei umas injeções e lá fui. Fiz a prova com um amigo experiente na distância, ele soube gerir o esforço e cheguei bem. Foi uma chegada triunfal ao Estádio Olímpico”.

Preguiçosa na ginástica…

Costuma fazer exames médicos de rotina e tem os devidos cuidados com a alimentação. “Mas depois das provas, tenho de provar os pratos típicos da terra”.

Luísa 12Espera correr enquanto tiver saúde. Convive com duas hérnias discais e falta-lhe disciplina nos exercícios de reforço muscular. “Devia fazer alongamentos com regularidade, sei disso mas não faço, sou preguiçosa”.

Experiência no BTT

Reconhece ser muito competitiva mas vai mudar a sua filosofia de corrida, deixando a competitividade de lado e usufruindo mais das provas. Pensa também dedicar-se mais ao BTT, alternativa escolhida para reduzir as lesões. Ainda recentemente, fez com mais uns amigos, os caminhos alternativos da Expo de Lisboa até Fátima e depois até ao Entroncamento para regressar a Lisboa de comboio. “Foram mais de 200 km muito difíceis, subidas duríssimas, às vezes com a bicicleta às costas. Mas com vistas fantásticas, mereceu a pena!”.

“As Organizações deviam ter os olhos nas outras provas que foram bem organizadas e saberem ouvir os atletas”

Modalidade com futuro risonho

Luísa vê o futuro da modalidade com otimismo. “Evoluiu bastante, as pessoas de todas as faixas etárias estão a aderir muito às corridas e às caminhadas”.

Neste mundo das corridas, aprecia particularmente a camaradagem, o poder conhecer outras pessoas. “E os percursos, poder conhecer regiões que nunca teria visitado de outra forma”.

Saber ouvir os atletas!

Quanto a sugestões para uma melhor organização das provas, fala-nos da sua experiência. “Há Organizações que deviam ter os olhos nas outras provas que foram bem organizadas e saberem ouvir os atletas. Só assim podem melhorar para que não falhem tanto. Há trails onde falta a água nos abastecimentos. Onde o trânsito é reaberto e os packs são levantados ainda não passaram todos os atletas. Há fotógrafos que estão em determinados locais do percurso, mas tiram fotos aos primeiros e vão logo apressados para a meta. Os últimos são muitas vezes ignorados e não o deviam ser. Também pagaram a sua inscrição”.

Conselhos a quem começa a correr

Luísa 4A terminar, Luísa não esqueceu o seu esposo, Virgílio Gomes, também ele atleta. “É a minha muleta!”. Quis ainda deixar o seu conselho aos novatos nas corridas: “Quando começarem a correr, não o façam muito tempo sós. Juntem-se a um grupo de treino. Os objetivos podem ser diferentes mas ganha-se uma família. Integrados num grupo, há um maior apoio entre todos. É uma aprendizagem”.

 

Adolescente que vende felicidade!

O Bilhete de Identidade de Luísa Espírito Santo diz que ela tem 50 anos de idade. Mas quem a ouve falar com tanto entusiasmo das corridas, só pode dizer que ela mais parece uma adolescente que vende felicidade!

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