Excelente o Meeting do Mónaco, da Liga de Diamante, primeira grande competição desta atribulada época. O ugandês Joshua Cheptegei bateu o recorde mundial de 5000 m (12.35,36) e o norueguês Jacob Ingebrigtsen o recorde europeu de 1500 m (3.28,68). Apenas em 3 das 14 provas realizadas, não se obtiveram as melhores marcas mundiais do ano.
Patrícia Mamona esteve na prova de triplo, tendo sido terceira com 14,08 (v:-0,3), a seguir à venezuelana Yulimar Rojas, com 14,27 (v:0,0) e à búlgara Gabriela Petrova, com 14,18 (v:+0,5). Esta foi uma das raras provas que ficaram aquém das expetativas: Rojas ficou a mais de um metro do seu recorde pessoal (15,41). Mamona, que tem como melhor esta época 14,26, fez ainda ensaios a 13,95 e 13,88.
A grande proeza do meeting foi do ugandês Joshua Cheptegei, folgado (16 segundos) vencedor dos 5000 metros com um recorde mundial de 12.35,36, contra os anteriores 12.37,35 de Kenenisa Bekele em 2004. Cheptegei, de 24 anos, campeão mundial de 10000 m e corta-mato em 2019, tinha como melhor 12.57,41 (22 segundos de progressão!) e fez o último quilómetro em menos de 2.30,00 (2.29,90). O segundo foi o queniano Nicholas Kipkorir Kimeli, com 12.51,78.
Outro recorde a destacar foi o europeu de 1500 m, conseguido pelo ainda jovem (completa 20 anos em setembro) norueguês Jakob Ingebrigtsen, segundo nos 1500 m com 3.28,68, menos 13 centésimos que Mo Farah em 2003. A prova foi ganha pelo queniano Timothy Cheruyot, com 3.28,45, melhor marca mundial do ano.
Outro recorde europeu esteve quase a cair: o também norueguês Karsten Warholm conseguiu 47,10 nos 400 m barreiras, a 18 centésimos do seu recorde. Ganhou com quase dois segundos de vantagem.
Em todas as oito provas masculinas, registaram-se melhores marcas mundiais do ano. Para além das três já referidas, Noah Lyles (EUA) ganhou os 200 metros em 19,76 (v:+0,7); Donovan Brazier (EUA) venceu os 800 m em 1.43,15 (com o seu compatriota Bryce Hoppel a oito centésimos); Soufiane El Bakkali (MAR) triunfou nos 3000 m obstáculos com 8.08,04; Orlando Ortega (ESP) foi o primeiro nos 110 m barreiras, com 13,11 (v:+0,8); e Armando Duplantis (SUE) passou 6,00 na vara.
No setor feminino, destaque para o recorde africano dos 1000 m, conseguido pela queniana Faith Kipyegon, com 2.29,15, a 17 centésimos do recorde mundial da russa Svetlana Masterkova em 1996. Outras melhores marcas mundiais do ano foram conseguidas por Lynna Irby (EUA) nos 400 m (50,50) e Hellen Obiri (QUE) nos 5000 m (14.22,12).
Ficaram aquém das expetativas, para além de Rojas no triplo, as vencedoras dos 100 m, a suíça Aja del Ponte, com 11,16 (+0,4), e da altura, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh, com 1,98.
O próximo meeting da Liga de Diamante será a 23 de agosto, em Estocolmo.