A Organização da Maratona de Londres anunciou que vai permitir que as atletas grávidas e pós-parto adiem a sua vaga na prova até três anos. Juntamente com os termos atualizados do adiamento da gravidez, a Organização da maratona fez outras mudanças substanciais para aumentar a inclusão na prova.
Anteriormente, os adiamentos por gravidez eram autorizados na Maratona de Londres, mas apenas por um ano, e as participantes não podiam manter os mínimos com que se qualificaram para a prova.
No ano passado, a ultramaratonista Sophie Power fez campanha por esta política. Depois de uma foto da atleta amamentando durante o Ultra Trail du Mont Blanc (UTMB) se ter tornado viral, Sophie Power inspirou-se para defender políticas de corrida mais justas para as mulheres grávidas e pós-parto, através da sua iniciativa SheRACES.
Powers explica no site SheRACES: “Fui fotografada a correr no UTMB, uma prova de montanha de 170 quilómetros, enquanto amamentava o meu bebé de 3 meses. Eu queria adiar o meu lugar até estar totalmente em forma, mas embora a organização adie lugares por lesões, para eles, a gravidez é vista como uma escolha. Completar a UTMB era um sonho para mim, e já tendo perdido um lugar duramente conquistado enquanto estava grávida do meu primeiro filho, escolhi correr. Muitas mulheres perdem essa oportunidade.”
Inscrições para participantes assistidos
Até 2022, os participantes em cadeira de rodas tinham que completar sozinhos a maratona pois não era permitido qualquer tipo de assistência. Agora, os corredores de cadeira de rodas que precisarem de ser ajudados ou empurrados por outras pessoas, poderão entrar na Maratona de Londres.
Considerações especiais da Maratona Virtual de Londres
Atualmente, os corredores que optam pela Maratona de Londres virtual são obrigados a percorrer a distância no dia da prova (dentro de 24 horas). A partir de 2022, aqueles que não puderem correr no dia da maratona por motivos religiosos, poderão fazer a sua corrida no próximo dia apropriado. Os participantes com uma deficiência que os impeça de completar a corrida virtual dentro do prazo, receberam agora uma dispensa especial para terminar a sua corrida no tempo que precisarem.
Estas mudanças seguem os passos de outras provas. A Western States Endurance Run, uma ultra de 100 milhas, mudou no ano passado, as suas políticas de corrida para incluir um adiamento de três anos para corredoras grávidas.
O diretor de eventos da Maratona de Londres, Hugh Drasher, disse que as novas políticas fazem parte de uma série que será expandida no futuro, com o objetivo de tornar: “a maratona mais diversificada, equitativa e inclusiva do mundo”.