A norte-americana de origem cubana Rosie Ruiz ficou na história do atletismo em 21 de Abril de 1980 ao fazer batota na maratona de Boston. Nunca mais voltou a participar numa prova. Soube-se agora que ela morreu aos 66 anos no passado 8 de Julho, depois de lutar contra um cancro.
Rosie Ruiz ganhou então a maratona de Boston no tempo recorde de 2h31m56s, o terceiro melhor tempo da história. Rosie, que trabalhava como secretária em Manhattan, tirou 25 minutos ao tempo que havia feito seis meses antes na maratona de Nova York, o que provocou naturais suspeitas por parte da Organização e das restantes corredoras.
Rosie não aparecia nos controlos nem nos vídeos nem sequer em alguma das cerca de dez mil fotos tiradas nos primeiros 40 km da corrida. Dois estudantes de Harvard asseguraram que a viram entrar na prova próximo de Kenmore Square, a cerca de 1,6 km da meta.
O vencedor da prova masculina, Bill Rodgers, afirmou então: “Não havia suado o suficiente, correu com uma camisola pesada e não sabia nada sobre correr. Encontrei-me com ela no dia seguinte na televisão e ela chorava de forma inconsolável. Se ela tivesse simplesmente dito, ‘sinto-o, cometi um erro’…Todos os corredores desistem nas provas, teríamos compreendido”.
Em pleno escândalo, soube-se que Rosie também fez batota para conseguir a marca mínima para participar em Boston. Foi durante a maratona de Nova York, onde andou de metro para deslocar-se de um ponto a outro da prova.