O oitavo dia do Mundial de Doha ficou marcado pelo recorde mundial de 400 m barreiras, conseguido pela norte-americana Dalilah Muhammad, que melhorou os seus 52,20 dos campeonatos dos Estados Unidos, esta época, para 52,16, derrotando a sua compatriota Sydney McClaughlin, que ficou como segunda de sempre, com 52,23! Antes desta época, o recorde pertencia à russa Yuliya Pechonkina, com 52,34 em 2003.
Muhammad sagrou-se campeã olímpica no Rio’2016 e já tinha duas medalhas de prata dos Mundiais de 2013 e 2017. Sydney McClaughlin, de apenas 20 anos, foi campeã mundial juvenil em 2015 e tinha 52,85 como melhor, já este ano. Foi surpreendente. Fechou o pódio a jamaicana Rushell Clayton, com distantes 53,74.
Emocionante a final de 3000 m obstáculos, decidida sobre a meta e com um centésimo de segundo a separar os dois primeiros! Triunfou o queniano Conseslus Kipruto, já campeão olímpico e mundial, que revalidou o título com 8.01,35, melhor marca mundial do ano, seguido do ainda júnior Lamecha Girma (18 anos), que progrediu mais de seis segundos e bateu o recorde nacional etíope. O marroquino Soufiane el Bakkali, prata há dois anos, ganhou agora o bronze, com 8.03,76.
Outra grande marca foi conseguida nos 400 metros por Steven Gardiner (Bahamas), destacado vencedor com 43,48, subindo a sexto mundial de sempre, a seguir a Michael Norman (43,45 esta época), o grande ausente desta final (foi último na meia-final). Gardiner ganhou com 67 centésimos de vantagem sobre o não menos surpreendente colombiano Anthony Zambrano, que progrediu de 44,68 para 44,15, novo recorde da América do Sul. O norte-americano Fred Kerley, que partiu como favorito, fechou o pódio, com 44,17.
Duas cubanas dominaram a final do disco, derrotando a croata Sandra Perkovic, bicampeã olímpica e mundial mas desta vez “apenas” terceira, com 66,72. Yaimé Pérez, duas vezes quarta nas edições anteriores, abriu com 68,10, viu-se ultrapassada por Denia Caballero (campeã em 2015) no 4º ensaio (68,44), mas logo a seguir arrumou a questão com 69,17.
Vitória de um atleta da casa no salto em altura. Mutaz Essa Barshim, já campeão em 2017 (e vice-campeão em Moscovo’2013) – além de vice-campeão olímpico – esteve quase impecável, só falhando dois ensaios a 2,33. Mas, depois, “limpou” a 2,35 e 2,37 e sagrou-se campeão. Excelente o russo Mikhail Akimenko, que não falhou qualquer ensaio entre 2,19 e 2,35, mas depois não conseguiu transpor 2,37. Outro atleta russo, Ilya Ivanyuk, também passou 2,35 à primeira mas falhou depois os 2,37 e acabou com a medalha de bronze.
À noite, o Japão juntou a medalha de ouro nos 20 km marcha (masculinos) à conseguida nos 50 km, através de Toshikazu Yamanishi, que foi campeão mundial de juvenis em 2013 e absoluto seis anos depois. Gastou 1h 26m 34s, ganhando com 15 segundos de vantagem sobre o russo Vasiliy Mizinov e 26 segundos sobre o sueco Perseus Karlstrom.
Patrícia Mamona fecha presença portuguesa
O nono (e penúltimo) dia do Mundial, este sábado, ficará marcado pelo fecho da presença portuguesa, através de Patrícia Mamona, que estará na final do triplo, às 18.35 h. Tentará uma honrosa presença entre as oito primeiras. A prova será uma das oito finais do dia: 18.05 h – peso (M); 18.35 h – triplo (F); 18.55 h – 1500 m (F); 19.25 h – 5000 m (F); 20.05 h – 4×100 m (F); 20.15 h – 4×100 m (M); 21.59 h – maratona (M).