Pedro Pichardo começou bem o Mundial, em Doha, conseguindo o apuramento direto para a final do triplo logo no primeiro (e por isso único) ensaio, com 17,38 (v:-0,2), a melhor marca da qualificação. Refira-se que o atleta nacional nem sequer pisou a tábua de chamada, ficando a cerca de 20 cm do limite. Uma boa indicação para a final de domingo, às 19.45 h (hora portuguesa).
Apenas um outro atleta conseguiu a qualificação direta (acima de 17,10): Hugo Zango (Burundi), com 17,17. Os favoritos para a final, os norte-americanos Will Claye (16,97 no 3º ensaio) e Christian Taylor (16,99 e 16,94 nos dois ensaios – prescindiu do 3º), estiveram abaixo do que valem, mas é natural que tivessem encarado esta fase sem grande concentração. Haverá um terceiro norte-americano na final (Donald Scott, com 16,99) mas de fora, ficou um forte candidato às medalhas, Omar Craddock (17,68 esta época), que se ficou pelos 16,87 e foi o melhor dos eliminados (13º).
Igualmente de fora, ficou Nelson Évora, que não se encontrou, com saltos a 16,26, 16,67 e 16,80 (v:+0,3), sendo o 15º da geral, a sete centímetros da qualificação (17,87 fez o 12º). Uma desilusão, confirmando uma época de pista aquém da sua valia (17,13 como única prova acima dos 17 metros).
Nas restantes qualificações, destaque para o cubano Juan Miguel Echevarria, o único com qualificação direta no comprimento (mais de 8,15), ao conseguir 8,40 no único ensaio que fez. Na vara feminina foram nada menos de 17 as atletas classificadas para a final, ao passarem acessíveis 4,60. Já na altura, houve oito atletas a passarem os exigidos (para qualificação direta) 1,94, a que se juntaram mais quatro a 1,92. No martelo, a melhor foi a norte-americana DeAnna Price, com 73,77 e a sensação foi a eliminação de outra norte-americana (Broke Andersen, apenas 20ª com 68,46) e da polaca Malwina Kopron, 13ª com 70,46.
Nas corridas, destaque para a ugandesa Winnie Nanyondo, com 2.00,36 nos 800 m e, no polo oposto, para a eliminação da norte-americana Hanna Green (7ª na sua série com 2.04,37) e da australiana Catrina Bisset (6ª com 2.05,33). Nos 5000 m, a melhor marca pertenceu a Paul Chelimo (EUA), com 13.20,18, e os três irmãos Ingebrigtsen estarão entre os 15 finalistas 3: Filip, 3º na sua série, com 13.20,52; Henrik, 7º na mesma série, com 13.21,22; e Jacob, inicialmente desclassificado (pisou o interior da pista), foi readmitido (5º noutra série, com 13.25,20) após protesto da Noruega.
Nos 100 m, só um atleta baixou dos 10 segundos nos quartos-de-final: Christian Coleman, com 9,98. Nos 3000 m obstáculos, a melhor foi Beatrice Chepkoech (9.18,01) e nos 400 m barreiras Abderrahman Samba (Qatar) correu em 49,08.
A jornada deste sábado
Entretanto, na 2ª jornada, este sábado, Lorène Bazolo correrá (às 14.58 h portuguesas) a quarta (das seis) eliminatória de 100 m, apurando-se as três primeiras (e mais seis tempos) para as meias-finais de domingo. Bazolo, que correrá na pista 8, possui o sexto tempo da época (11,23) entre as oito atletas da sua série. Tarefa bem difícil…
Depois, às 21.30 h, realizar-se-ão os 50 km marcha (masculinos e femininos), com as atenções nacionais centradas em Inês Henriques, a lutar por um lugar no pódio. Mara Ribeiro é outra das 24 inscritas, enquanto no setor masculino, com 46 atletas à partida, João Vieira será, mais uma vez, o representante nacional.
Outras finais deste segundo dia: 17.25 h – martelo (F); 18.40 h – comprimento (M); 19.10 h – 10000 m (F); 20.15 h – 100 m (M).