A suspensão do treinador norte-americano Alberto Salazar por violações de doping continua na ordem do dia. Agora, foi Mark Parker, CEO da Nike a garantir num comunicado interno dirigido aos empregados da empresa, que a empresa nunca fez nada para impulsionar o doping sistemático dos atletas. “Esta ideia me deixa doente”, afirmou.
A Nike atravessa uma fase difícil depois de a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) ter divulgado que Parker estava na cópia dos correios eletrónicos que informavam sobre a investigação avançada do Projeto Nike Oregon, criado em 2001 para relançar a elite das provas de fundo nos Estados Unidos.
Injeções de aminoácidos muito importantes que promovem a queima da gordura, experiências com testosterona, documentos médicos falsificados, tudo isto foi descoberto pela USADA após uma investigação que durou seis anos.
Num correio eletrónico de 2011, Alberto Salazar explica, incluído o CEO da Nike, que injetaram a um dos treinadores do Projeto Nike Oregon, um litro de uma mistura de aminoácidos e dextrosa, uma dose claramente superior às normas da Agência Mundial Antidoping. Num outro correio eletrónico enviado dois anos antes a Mark Parker, o dr. Jeffrey Brown, um colaborador do Projeto Nike Oregon, fala sobre experiências com gel de testosterona.
Numa resposta, o CEO escreveu que “seria interessante determinar a quantidade mínima de hormona masculina requerida para dar positivo num teste”.
Mark Parker nega estas acusações e afirma que Salazar “estava preocupado com a hipótese de os atletas da Nike fossem sabotados por alguém que lhes aplicaria gel de testosterona sem o seu conhecimento”.
Parker mantém o apoio da Nike a Salazar, que segundo ele, atuou de boa fé e não violou nenhuma regra. “Ter o meu nome e da Nike relacionados com estas falsas e irrefletidas acusações (da USADA) é ofensivo”.