O ex-prodígio do meio-fundo norte-americano Mary Cain denunciou no New York Times os métodos de treino de Alberto Salazar. Este último tê-la-ia destruído física e mentalmente.
Campeã mundial dos 3.000 m em 2014, Mary Cain foi considerada a revelação norte-americana do meio fundo. Com 1.59,51 nos 800 m e 4.04,62 nos 1.500 m aos 17 anos, a atleta nascida em Nova York fazia parte em 2013 do Projeto Nike Oregon, o grupo de treino de Alberto Salazar. Um grupo onde Cain, segundo as suas palavras, viveu um calvário como ela conta num vídeo difundido no site do New York Times.
“Eu fui física e emocionalmente abusada por um sistema criado por Alberto Salazar e sponsorizada pela Nike”, revelando ainda que a cultura de perda de peso era muito praticada no grupo, o que foi desmentido por Salazar num email enviado ao jornal. “Após meses de privações, eu já não tinha as minhas regras”, acrescenta Cain. “E quebrei cinco ossos. Os meus treinadores queriam que eu fosse cada vez mais magra”.
Lesionada frequentemente, a norte-americana chegou a ter ideias suicidárias e desapareceu da competição depois de 2016. Ela deixou o Projeto Nike Oregon, agora suspenso pela Nike. Pelo seu lado, Cain espera que o seu caso sirva de exemplo.
À americana.
Agora tudo fala mal do Salazar.
E durante esse “martírio”, quantos títulos foram ganhos com a bomba?