Sabia-se que a maratona de Chicago já não permite “lebres” desde há três anos, prejudicando as marcas dos vencedores, ainda que tal decisão tornasse a prova mais aberta. As marcas dos três últimos vencedores, os quenianos Dickson Chumba (2.09.25), Abel Kirui (2.11.23) e Galen Rupp (2.09.20), ficaram algo longe dos 2.04.11 de Kipchoge em 2014 ou dos 2.03.45 de Kimetto em 2013.
O último vencedor que obteve o seu recorde pessoal, não só ganhou a segunda maratona da sua vida como demonstrou que o seu forte é as corridas mais táticas. Já nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, viu-se que ele é um atleta que lê bem os finais de uma prova, ainda que seja uma questão de chegar com força suficiente à parte decisiva. De facto, a carreira de Galen como corredor de 5.000 e 10.000 metros pode-o ter ajudado a encarar o final das maratonas como um ponto extra de velocidade.
Parcial do km 35 a 42,195 das quatro melhores marcas de sempre
- Dennis Kimetto (KEN): 21:10 (Berlim 2014) Total: 2:02:57
- Kenenisa Bekele (ETI): 21:02 (Berlim 2016) Total: 2:03:03
- Eliud Kipchoge (KEN): 20:58 (Londres 2016) Total: 2:03:05
- Emmanuel Mutai (KEN): 21:25 (Berlim 2015) Total: 2:03:13
A exibição de Galen Rupp nos últimos 7,195 km de Chicago em 20m37s dão mostra de que provavelmente está preparado para melhorar a sua marca pessoal mas em qualquer caso, foram estratosféricos. O americano fez o último parcial mais rápido que por exemplo, as quatro melhores marcas da história.
O mérito dos recordistas mundiais radica na sua constância em ritmos bastante superiores aos de Rupp em quase todos os parciais mas o pupilo de Alberto Salazar deixou todos de boca aberta em Chicago. Dois dos seus finais em maratonas computadas desde o km 35, foram 21m39s em Boston 2017 e 22m24s nos JO do Rio 2016.