Apesar do vento irregular que fustigou a pista do Estádio 1º de Maio, em Braga, foi agradável a edição deste ano – já a 35ª – do Olímpico Jovem, já que caíram nada menos de quatro recordes do torneio (considerando apenas as marcas obtidas em finais).
Vejamos:
– Altura (juvenis M): Simão Pereira (GCA Donas), que tinha 1,95 em pista coberta, passou 2,01, batendo o recorde que pertencia a Carlos Pereira (1º Janeiro – Bicesse) desde 2004. Ele já ganhara em 2016, com 1,88.
– Dardo/700 g (juvenis M): Leandro Ramos (Gira Sol), que já conseguiu 61,88 com o engenho de 800 g, lançou 61,18, melhorando os 57,39 que Tiago Marto (GA Fátima) detinha desde 2003. Vencedor do peso em 2016, Leandro Ramos ganhou agora também o disco.
– 2000 m obstáculos (juvenis F): Nádia Carvalho (N. Sp. Torres Novas) ganhou com 6.58,79 (e grande réplica de Bárbara Neiva, Almada e Figueirinhas, 6.58,95), melhorando o recorde que estava na posse de Diana Ribeiro (Dragões de Vizela), com 7.08,89 desde 2013. Nádia Carvalho, ainda juvenil de 1ª época, ganhara os 1500 m obstáculos (iniciadas) em 2016.
– 80 metros (iniciadas): Ana Costa (CA Tâmega), que ganhou os 80 m e os 1000 m(!), obteve 9,97, melhorando os 9,8 manuais que Lucrécia Jardim (Moitense) detinha desde… 1985 (há 32 anos!) e era o mais antigo da tabela.
Um quinto recorde não caiu devido ao vento: a juvenil (de nacionalidade belga) Nkansa Delphine (Clube Pedro Pessoa) correu os 100 m em 11,82, mas com vento a +3,3 m/s, melhor que os 12,03 que Marisa Carvalho obteve em 2015. Ainda será juvenil em 2018.
Outras referências
Vejamos mais alguns nomes que se distinguiram:
– Juvenis (M): Tomás Gonçalves (AA Charneca da Caparica), ainda juvenil de 1º ano e que fora vencedor dos 80 m iniciados em 2015 e 2016, juntou mais dois títulos, nos 100 m (10,81 ventosos) e 300 m (35,19). Já tem 11,09 e 34,87, respetivamente, como melhor. Rodrigo Agostinho (J. Vidigalense), que fizera sensação há um ano, ao bater o (velho) recorde nacional de iniciados do comprimento (com 6,77) ganhou agora como juvenil, com 6,52 (v:-0,2). Outros juvenis de 1º ano vencedores foram Jorge Pereira (800 m), Etson Barros (ganhou os 1500 m obstáculos há um ano, agora venceu os 3000 m) e Tomás Rodrigues (1º no peso há um ano, como iniciado).
– Juvenis (F): Marta Lourenço, vencedora dos 3000 m, ainda é juvenil de 1º ano. E Fatoumata Baldé, atleta guineense do CO Pechão, com 5,69 no comprimento, ficou a 10 cm do recorde de Jéssica Barreira em 2014. Tinha 5,56 como melhor.
Iniciados (M): Uma referência para uma rara vitória de um atleta de Viseu – a de Mário Pereira, no dardo.
Iniciados (F): Ana Costa foi a grande figura (vitórias nos 60 e 1000 m) e Beatriz Rios (1500 m obstáculos) e Maria Miguel Andrade (comprimento), por sinal duas atletas da seleção de Braga, ainda serão iniciadas em 2018.
Lisboa vencedora
Já não é novidade a superioridade da seleção lisboeta, com maioria de atletas do Benfica (10) e Sporting (8) entre os 32 convocados. Foi a 7ª vitória coletiva nos últimos 8 anos e a 24ª nos últimos 19! Porto (agora 2ª) e Setúbal (3º) trocaram as posições do ano passado, mantendo-se no pódio. Leiria melhorou de 5º para 4º, mas estivera no pódio nos nove anos anteriores! Coimbra (6º) igualou a sua melhor posição desde 1995 e Madeira (7ª) a melhor desde 2008. Destaque especial para o 11º lugar de Viseu, a melhor posição de sempre!
Pontuação coletiva: 1º Lisboa, 734; 2º Porto, 713,5; 3º Setúbal, 695,5; 4º Leiria, 626; 5º Santarém, 601; 6º Coimbra, 569; 7º Madeira, 549; 8º Aveiro, 529; 9º Algarve, 485; 10º Braga, 427; 11º Viseu, 411; 12º Castelo Branco, 411; 13º Açores, 355; 14º V. Castelo, 349; 15º Évora, 271; 16º Beja, 254; 17º Guarda, 198; 18º Vila Real, 183; 19º Portalegre, 124; 20º Bragança, 50.