A IAAF anunciou que, por decisão do seu Painel de Revisão de Nacionalidade (NRP), cinco atletas foram autorizados a representar novos países nas competições internacionais e outros três atletas viram aprovadas as suas solicitações de elegibilidade por novos países. No total, o órgão da entidade recebeu 14 requerimentos de Federações, mas alguns ainda estão sob análise.
Dos oito casos aprovados, apenas Pedro Pablo Pichardo, líder do ranking mundial no salto triplo, campeão na final da Diamond League 2018 e medalha de prata nos Mundiais de 2013 e 2015, não poderá gozar imediatamente da aprovação. Pichardo só estará apto a defender Portugal a partir de Agosto de 2019, podendo assim estar presente no Mundial do Qatar, em Doha, que começa em 28 de Setembro.
Os outros atletas que tiveram a transferência aprovada pelo NRP foram Rai Benjamin (de Antígua e Barbuda para os Estados Unidos), Mike Edwards (da Grã-Bretanha para a Nigéria), Patrick Ike Origa (da Nigéria para a Espanha) e Leon Reid (da Grã-Bretanha para a Irlanda). Já os que foram declarados elegíveis por novos países, foram Haron Kiptoo Lagat (EUA), Miranda Tcheutchoua (Irlanda) e Weldu Negash Gebretsadik (Noruega).
Rai Benjamin foi um dos grandes destaques da temporada 2018. Em Junho, no Oregon, ele completou a final dos 400 m barreiras do Campeonato Universitário dos Estados Unidos em 47,02 s, terceiro melhor resultado da prova de todos os tempos. Benjamin igualou a marca do americano Edwin Moses, alcançada em 1983. Hoje, o principal adversário de Benjamin é o qatari Abderrahman Samba, que tem 46,98 s como recorde pessoal, segundo melhor da história dos 400 m barreiras, atrás apenas dos 46,78 s de Kevin Young, recorde mundial desde 1966.
Mike Edwards compete no salto em altura, Patrick Ike Origa e Leon Reid são velocistas, Haron Kiptoo Lagat compete nos 3000 m obstáculos, Miranda Tcheutchoua lança o disco e o martelo, e Weldu Negash Gebretsadik é fundista, participando também em maratonas.
– “Estou feliz em ver que o novo sistema está funcionando como desejávamos, autorizando estes atletas com genuínas conexões com novos países a representarem as suas bandeiras após análises apropriadas e equilibradas”, afirmou Sebastian Coe, presidente da IAAF.