O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, destacou este domingo o apoio e a unanimidade que houve na decisão de adiar os Jogos Olímpicos para 2021, a qual “levou três dias a acordar” e deixou claro que o COI não “vacilou” nem lhe faltou “transparência”.
Bach falou para o jornal alemão Welt e classificou como errada a impressão de que seja o “homem do saco” do mundo do desporto. “Podem ter essa impressão em certos setores da imprensa alemã mas a realidade é outra”, afirmou, antes de relatar o apoio que teve do COI no adiamento dos Jogos para 2021.
“Quando se vê que o adiamento dos Jogos foi apoiado pelos 206 Comités Olímpicos, toda as Federações, membros do COI e representantes de desportistas, a situação é bastante clara. Levou-nos só três dias a acordar o adiamento dos Jogos e outros seis a anunciar a nova data”, explicou.
Thomas Bach voltou a recordar a complexidade de adiar a data dos Jogos. “Houve todo o tipo de conspirações. Começámos a abordar a forma como o coronavírus se estava propagando a meados de Fevereiro, quando criámos um grupo especial de trabalho que incluía a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, recordou.
“Deixámos claro que a nossa prioridade é a saúde e prevenir a expansão do vírus. Quando se expandiu à América e África, solicitei uma reunião de emergência porque até esse momento, a questão era se o Japão seria um anfitrião seguro, mas entretanto, a pergunta foi se o mundo era um convidado seguro”, acrescentou.
O presidente do COI não deu números do custo adicional do adiamento e insistiu em defender o trabalho do COI. “Realmente, não podemos ser acusados de vacilar ou falta de consulta ou transparência. Está claro que enfrentaremos várias centenas de milhões de dólares em custas adicionais”.