O Quénia vai dispor de um novo laboratório para análises de amostras sanguíneas, certificado pela Agência Mundial Anti-Doping, a partir do próximo mês, anunciou nesta segunda-feira, a Federação de Atletismo do país.
Esta instalação, a primeira do género na África Oriental, analisará os casos de doping relativos a todas as disciplinas de atletismo no Quénia, Eritreia, Etiópia, Tanzânia e Uganda.
Já em 1985, o campeão mundial dos 800m David Rudisha tinha proposto um controle anti-doping local.
O projecto foi financiado pela Unidade de Integridade de Atletismo com o apoio da IAAF e o Grupo Lancet da África do Leste.
Com esta iniciativa, a Agência mundial Anti-Doping espera reduzir a hora de controlar os níveis de dopagem em amostras sanguíneas de desportistas porque as amostras recolhidas na África Oriental já não terão que ser transportadas para Europa ou África do Sul, como acontecia até agora.
Por outro lado, contribuirá para que os resultados das provas sejam entregues em “prazos mais ajustados” e reduzir o tempo de espera dos exames.
Entre outros casos recentes, em Julho último, a Agência Mundial Anti-Doping, do Quénia, informou que o velocista Boniface Mweresa, medalha de prata nos 400 metros e ouro nos 4×400 metros, nos jogos Africanos de 2015, em Brazzaville, República do Congo, tinha dado positivo numa prova de dopagem.