A taxa de desistência nos homens aumentou em quase 80% em relação a 2017. Nas mulheres, apenas 12%.
Na maratona de Boston, as condições atmosféricas estiveram péssimas, com muito frio (3ºC), chuva e vento. Mas foi assim para todos os participantes. Então, qual a explicação para as mulheres terem sido mais resistentes do que os homens?
Depois da prova, o jornal americano The New York Times publicou um artigo da atriz e maratonista Lindsay Crouse analisando as razões para elas terem desistido menos do que eles. E precisamente nas condições climatéricas mais duras dos últimos 30 anos da prova.
Já aconteceu em muitas provas, mas essa diferença ficou ainda mais evidente nesta edição de Boston. Para os homens, a taxa de desistência aumentou quase 80% em relação a 2017; para as mulheres, apenas cerca de 12%. De modo geral, os tempos na meta foram maus neste ano, tanto para a elite como para os amadores. Os vencedores (homens e mulheres) foram os mais lentos desde a década de 1970, e a taxa de desistências aumentou 50% em relação ao ano passado.
A explicação mais natural para essa diferença entre homens e mulheres na corrida pode ser a maior percentagem de gordura do corpo das mulheres, o que faz diferença no frio. Mas, não é só isso. Além da fisiologia, o psicológico das mulheres na maratona pode ser uma explicação também. Elas sabem resistir melhor às adversidades.