Serão 46 os atletas portugueses nos 19º Campeonatos Ibero-Americanos (já contando com as duas edições dos Jogos em 1960 e 1962), a realizar em Alicante (Espanha), de 20 a 22 de maio. Maior número de presenças, apenas nas edições de Lisboa’1998 (71), Huelva’2004 (51) e San Fernando’2010 (50). Teresa Machado (6 medalhas, 3 de ouro), Jéssica Augusto (5 medalhas, 3 de ouro) e Nuno Fernandes (5 medalhas, 2 de ouro) são os atletas nacionais mais vezes nos pódios. Teresa e Nuno, cada um com cinco presenças, são os mais assíduos. Há três anos, na última edição, em Trujillo (Perú), triunfaram Cátia Azevedo e a equipa de 4×400 m, foram segundos Tsanko Arnaudov e Susana Costa e foram terceiros, Ricardo Santos e Irina Rodrigues. Mas a média de presenças por prova foi de apenas seis atletas, com Cuba quase ausente…
A Federação divulgou a lista dos 46 atletas sem indicação das provas que farão, mas não é difícil distribuí-los. Com uma nota prévia para as ausências marcantes de Pedro Pichardo, Francisco Belo, Marta Pen, Patrícia Mamona, Auriol Dongmo e Liliana Cá.
Mas vejamos a distribuição dos atletas nacionais por provas, indicando-se apenas uma para cada um, embora seja natural que alguns “dobrem”:
Carlos Nascimento 100/200/4x100m Lorène Bazolo
Diogo Antunes Rosalina Santos
Delvis Sousa Catarina Lourenço
André Prazeres Patrícia Rodrigues
Wilson Pedro
João Coelho 400/4×400 m Cátia Azevedo
Ericsson Tavares Juliana Guerreiro
Ricardo Santos
Mauro Pereira
José Carlos Pinto 800 m Patrícia Silva
Nuno Pereira
Isaac Nader 1500 m Salomé Afonso
Etson Barros 5000 m Mariana Machado
10000 m
Miguel Borges 3000 ob Joana Soares
Abdel Larrinaga 110/100 bar. Olímpia Barbosa
João V. Oliveira
400 bar.
Gerson Baldé altura Anabela Neto
João Pedro Buaró vara
Rubem Miranda
Ivo Tavares comprimento
Tiago Pereira triplo Evelise Veiga
Tsanko Arnaudov peso Jéssica Inchude
Eliana Bandeira
Edujose Lima disco Irina Rodrigues
Emanuel Sousa
Ruben Antunes martelo
Leandro Ramos dardo Cláudia Ferreira
Edgar Campre dec/heptatlo Mariana Bento
10 km marcha Ana Cabecinha
No seu comunicado, a Federação divulga também os restantes elementos que compõem a delegação (porque não “delegation”?), com relevo para o “head of delegation” (assim mesmo), Jorge Vieira, e para os “team leaders” Luís Figueiredo e Fernando Tavares. Não há palavras portuguesas que se pudessem utilizar? Não seria mais lógico “chefe da delegação” e “líderes da equipa”? A continuarmos assim, teremos daqui a uns anos o comunicado todo em inglês…
Sobre “quem é quem…”. O meu total apoio à última parte do seu artigo!
De facto, tristemente – digo eu – cada vez se vê mais pessoas a papaguearem o inglês, talvez porque julgam que isso lhes dá um ar de gente culta e instruída, mas depois…quando se metem a falar português, é patacoada de caixão à cova, diria mesmo um espectáculo ridículo e grotesco.
Porém, a culpa deste fenómeno preocupante é, em grande parte, da nossa administração central e de outras entidades públicas, senão veja-se o desaforo, por exemplo, de termos um museu do Estado sobre o terramoto de 1755 chamado Quake Museum, ou de escolas superiores, designadamente da área económica, a darem as aulas em inglês (para alunos na sua maioria portugueses). Fazem falta homens como Vasco da Graça Moura, e tantos outros defensores da Língua Portuguesa, para darem nas orelhas a cada vez mais tecnocratas idiotas.
Valorizemos a Língua Portuguesa e deixemos a subserviência abjecta a tudo o que é anglo-saxónico!