Londres receberá, este sábado, a 22ª edição da Taça da Europa de 10000 metros, competição com 50 inscritos masculinos (série principal às 20.30 h) e 49 femininos (às 21.15 h).
Portugal, que é o país com mais triunfos coletivos na competição (4 masculinos e 10 femininos) – à frente da Espanha, com 9+3 –, apresentará apenas dois atletas, Ricardo Dias (Sporting), campeão nacional com 29.26,28 no Troféu Ibérico deste ano (no qual foi nono, atrás de oito espanhóis), e Cátia Santos (GD Estreito), vice-campeã nacional com 33.35,45 (atrás de Sara Moreira, 32.10,50) e sexta no Troféu Ibérico. Aspirações limitadas dos dois atletas nacionais, que tentarão melhorar os seus recordes pessoais.
Nove vezes vencedora (mas oito delas até 2012 e só uma nas últimas cinco épocas), a seleção masculina de Espanha é a grande favorita, devendo conseguir repetir o triunfo do ano passado. E também individualmente a Espanha tentará chegar a mais um triunfo. António Abadia ganhou em 2017 e tentará “bisar”, algo que apenas o turco Polat Arikan conseguiu (em 2014 e 2015), em 21 edições já realizadas. Outro espanhol, Juan Perez, foi segundo nas três últimas edições (!) e tentará agora chegar ao triunfo. O britânico Ross Millington é, de entre os inscritos, o único com recorde pessoal abaixo de 28 minutos (27.55,06). O que reflete a crise de valores no Velho Continente…
Na prova feminina, sem Sara Moreira, única atleta três vezes vencedora (2011, 2012 e 2017), a grande favorita é a queniana-agora-israelita Lanah Chemtai, que fez recentemente 31.39,63. O melhor tempo de entre as inscritas é da alemã Sabrina Mockenhaupt, com 31.14,21 em 2008, quando tinha 27 anos… Portugal, agora ausente em termos coletivos, tem 10 vitórias por equipas (mas, de 2010 para cá só ganhou em 2014). Seguem-se, com apenas três títulos, Espanha e Grã-Bretanha. A Bielorrússia (à frente de Portugal) ganhou em 2017, mas agora não apresentará equipa.