Apesar do sucesso dos fast foods, é possível encontrar cada vez mais pessoas que estão dispostas a apreciar uma dieta saudável. Uma alimentação regrada é fundamental para evitar alguns problemas, como o excesso de ácido úrico no sangue.
O ácido úrico é uma substância produzida pelo próprio corpo humano, a partir da metabolização de uma parte das proteínas que ingerimos. Essas proteínas, que são conhecidas como Purinas, podem ser encontradas em vários alimentos, como carnes vermelhas, frutos do mar, leguminosas e até bebidas alcoólicas como a cerveja e o vinho.
A questão do açúcar também é importante. A maior parte do açúcar que ingerimos é sacarose e metade da sacarose é frutose. Sabe-se que a frutose aumenta a produção de ácido úrico. Apesar de este efeito ocorrer independentemente da fonte (frutose natural da fruta ou frutose artificial adicionada nos alimentos), depende da dose que ingerimos e da velocidade a que a frutose é absorvida.
Não é a mesma coisa ingerir uma maçã, que é uma das frutas com mais frutose (por cada 100 a 120 gr de maçã, temos cerca de 11 gr de frutose), em que a quantidade de frutose não é muito elevada e a sua absorção é lenta, ou ingerir a mesma quantidade de frutose que existe na maçã, mas de forma isolada e colocada numa bebida. A segunda vai ser absorvida muito mais rapidamente.
Foto de ácido úrico elevado
A produção do ácido úrico é e faz parte do funcionamento do nosso organismo. Parte dele permanece no sangue e pode ser doseado, mas o restante deve ser eliminado pelos rins e pelo intestino. O desequilíbrio dessa ação pode dever-se à interferência de alguns medicamentos, por ter uma alimentação nada saudável ou por alguma deficiência nos órgãos responsáveis.
Quando em excesso, a presença do ácido úrico pode causar alguns problemas à saúde. Ele pode formar cristais de urato no rim e, futuramente, cálculos renais ou precipitar dentro das articulações e produzir uma intensa inflamação com vermelhidão e muita dor.
Devido às circunstâncias, a melhor forma de tratar o problema é através da perda de peso e da diminuição dos alimentos que contenham Purina. Porém, quando os sintomas forem percebidos, é de extrema importância que se procure a ajuda de um médico para orientar no tratamento.
Geralmente olhamos para o ácido úrico elevado – a partir de 7mg/dl em homens e acima de 6 mg/dl em mulheres – e pensamos no risco de gota, mas abaixo disso já existem vários outros problemas.
Hoje sabe-se que acima de 5,2 mg/dl já há um aumento do risco cardiovascular, por exemplo. Por cada aumento de 1 mg/dl no ácido úrico, o risco de disfunção erétil duplica. Também pode causar alterações renais, diminuir a síntese da forma ativa da vitamina D e aumentar o risco de diabetes tipo 2. Pensa-se ainda que o ácido úrico é um fator de risco para hipertensão arterial, que pode estar envolvido na esteatose hepática (fígado gordo), que pode aumentar o risco de pré-eclampsia na gravidez e que pode estar implicado em alguns tipos de cancro.