A sul-africana Caster Semenya, dupla campeã olímpica dos 800 metros, afirmou que as novas normas femininas sobre testosterona decididas pela IAAF, estão a matar as novas gerações. “Isto não vai sobre mim, já consegui tudo o que quero na vida… Se permito que isto continue, que se passará com a geração seguinte? Estão matando-a. Que se passa com essas jovens raparigas que querem correr e que talvez estejam na mesma situação que eu?”
A nova regra exige que as atletas com hiperandroginismo tenham os seus níveis de testosterona abaixo de 5 nanomoles por litro de sangue durante pelo menos seis meses antes de competir em provas entre os 400 metros e a milha.
Neste momento, o valor de tolerância está nos 10 nanomoles por litro de sangue. A justificação para a descida para metade do valor está em estudos efetuados que mostraram que uma maior proporção aumenta em 4,4% a massa muscular, entre 12 e 26% a força e 7,8% a hemoglobina.
Semenya tem níveis de testosterona semelhantes a um homem e é especialista nas distâncias afetadas.