O Hálux Valgus, ou Joanete como é popularmente conhecido, é uma deformidade do “dedão” do pé que afeta principalmente as mulheres. Começa a aparecer normalmente após a Menarca (primeira menstruação) ou durante a vida ativa, quando ela calça habitualmente sapatos de salto e de bico fino, após a menopausa e novamente após os 60 anos, podendo originar grandes desvios e deformidades.
A principal consequência de toda essa evolução, são sintomas como dor, dificuldade em usar sapatos e calosidades intratáveis. Nas mulheres, fatores hormonais e utilização de sapatos de bico fino são os principais agravantes.
No homem, onde a deformidade é menos comum, os sintomas agravam-se devido a áreas de maior pressão e sobrecarga dos dedos dentro dos sapatos.
Tratamento para o Joanete
Existe tratamento não cirúrgico para o joanete? Infelizmente não. O que se faz no tratamento não cirúrgico tem apenas o objetivo de aliviar os sintomas, tratando a consequência, mas não a causa da dor. O uso de silicones, adesivos, separadores de dedo e sapatos adaptados, não corrigem a deformidade óssea.
Mas é obrigatório o tratamento cirúrgico? Também não. O tratamento é indicado para aqueles pacientes nos quais, as limitações são importantes, ao ponto de procurar uma alternativa para corrigir o problema.
Pensando em tratamento cirúrgico, existem diversas questões que devem ser esclarecidas. É frequente aparecer as seguintes questões nas consultas médicas: dói muito depois da cirurgia? Preciso de ficar muito tempo sem pisar o chão se eu for operado? Se operar um joanete, ele volta mais tarde? Hoje, temos capacidade de responder com confiança a estas questões. Podemos pisar o chão no dia seguinte ao procedimento cirúrgico, já que as modernas técnicas de anestesia aliviam de forma efetiva a dor após o procedimento. Além disso, um joanete bem corrigido não trará mais problemas ao paciente.
Por fim, a escolha do melhor tratamento é uma decisão pessoal e a melhor época para realizar a cirurgia depende das limitações que temos no nosso dia a dia.
O cuidado constante com os pés, evitando sapatos impróprios para as atividades onde estamos mais tempo e com mais frequência com eles calçados, pode ser uma ferramenta útil para o alívio dos sintomas. Uma sugestão: compre os sapatos ao final do dia – após as 17 horas, e experimente-os fora dos tapetes presentes nas sapatarias, assim podemos ter mais confiança na compra e na certeza do conforto.
Artigo publicado na Revista Webrun
