O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) informou ontem que se declara incompetente para decidir sobre uma petição para incluir a prova feminina de 50 km Marcha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
O TAS afirma que “não tem jurisdição para decidir sobre estes apelos” e assegura que “os procedimentos de arbitragem terminaram”.
Agora, a decisão fica nas mãos do Comité Olímpico Internacional que terá de decidir se a prova entra ou não no programa olímpico de Tóquio.
Um grupo de atletas formado por Inês Henriques, a australiana Claire Woods, as equatorianas Paola Pérez, Johana Ordoñez e Magaly Bonilla, a espanhola Ainhoa Pinedo, a norte-americana Erin Taylor-Talcott e a neozelandesa Quentin Rew apresentaram um recurso ao TAS contra o Comité Olímpico Internacional e a World Athletics/IAAF para que as mulheres pudessem participar na prova de 50 km marcha, com classificações distintas para homens e mulheres.
Em declarações à Agência Lusa, Inês Henriques, que tem sido uma das atletas que mais tem lutado pela inclusão dos 50 km Marcha no programa olímpico, afirmou: “Sinto-me triste, foi uma luta que travei desde o início e que gostava de vencer, independentemente do que pudesse alcançar nos Jogos Olímpicos. Queria lá estar, na prova em que fui a primeira campeã do Mundo e da Europa. Não vai ser possível, mas vou começar a treinar para os 20 quilómetros marcha, porque quero, mesmo que sem as mesmas ambições, estar nos Jogos”.