Lamentavelmente, Hélio Gomes, que vinha fazendo uma época extraordinária, foi apanhado num controlo antidoping e, segundo parece, acusando a utilização de EPO. Muito grave e sem desculpa. Irá sofrer as consequências e só se espera que o seu caso sirva de exemplo para que outros não sigam o mesmo caminho.
Os grandes prejudicados, para já, são o seu clube, o Sporting – que não poderá contar com o atleta nos campeonatos que se avizinham – e a seleção nacional, que deverá perder um lugar no Europeu de Seleções (passa de 5º para 6º face à desclassificação do atleta, que ganhara os 3000 m). Por isso, causa estranheza o comunicado sem qualquer sentido que o Sporting fez publicar, na sequência das primeiras notícias dando conta do caso. Em vez de lamentar a atitude do atleta, o comunicado insurge-se pelo facto de o caso ter vindo a público (era inevitável, mais cedo ou mais tarde…), acusa a Federação de fuga de informação (mas, pelo menos, tanto o atleta como o clube também sabiam do caso…) e, pior, acusa a Federação de não ter vindo a público “defender um Atleta que faz parte da sua Seleção Nacional e que ainda no último fim-de-semana de Junho contribuiu, de forma bastante significativa, para o excelente resultado alcançado por Portugal no Campeonato da Europa de Nações”. Como se a Federação devesse defender um atleta que se dopou e que, por via disso, até prejudicou a equipa.
Em suma: um triste comunicado em cima de um caso lamentável…
Arons, só agora li esta noticia. Os meus parabéns pela forma como a apresentaste.
Quanto ao cometário, só fica indignado com o seu teor quem nunca se dopou ou quem pugna pela verdade desportiva e por um atletismo limpo. Os outros entendem que é normal e indignam-se que se aponte o dedo aos batoteiros.