A sprinter bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya foi autorizada a competir pela Polónia, dois anos depois da sua deserção durante os JO de Tóquio.
Tsimanouskaya desertou para a Polónia, alegando que foi levada para o aeroporto de regresso à Bielorrússia contra a sua vontade, o que a obrigou a perder a prova dos 200 m, depois de ter criticado publicamente os treinadores da seleção bielorrussa. Ela recebeu um visto humanitário da Polónia e é agora, cidadã polaca de pleno direito.
As regras da World Athletics exigem geralmente que um atleta passe por um período de espera de três anos para poder a representar outro país nas suas competições. Mas o Painel de Revisão de Nacionalidade concordou em renunciar a essa regra no caso de Tsimanouskaya.
A atleta, duas vezes medalhada nos Jogos Europeus, expressou no Instagram a sua esperança em ser selecionada para o Mundial de Budapeste. “Estou extremamente feliz, mas estou a experimentar emoções estranhas porque tudo aconteceu tão rápido e de repente.” Tsimanouskaya afirmou no início deste ano que recebeu apoio “zero” do COI desde os JO de Tóquio mas insistiu que foi apoiada pelo “Movimento Olímpico, representado pelo Comité Olímpico Nacional Polaco e pela Federação Polaca de Atletismo”.
Dois treinadores bielorrussos viram as suas credenciais retiradas em Tóquio após o incidente que envolveu Tsimanouskaya. O técnico Yury Maisevich foi acusado pela Unidade de Integridade do Atletismo no início deste ano por agir sem integridade e de má-fé, mas o oficial da equipa, Artur Shumak, não enfrentou mais acusações.
O presidente do COI, Thomas Bach, descreveu o incidente em Tóquio como “deplorável”.