O Maratona Clube Vila Chã está situado no concelho de Seia e foi fundado em 2011. O nome do clube é uma homenagem do seu fundador Jacinto Correia ao amigo atleta Cipriano Lucas que correu no Maratona Clube de Portugal. O clube tem 22 atletas, alguns deles já campeões nacionais nos seus escalões. São clubes como o Maratona Clube Vila Chã que mantêm vivo o atletismo no interior do país.
O Maratona Clube Vila Chã foi fundado em 20 de Setembro de 2011 e está situado em Vila Chã, freguesia de Santa Comba e concelho de Seia.
O seu aparecimento deve-se a Jacinto Correia, que descontente com o clube onde estava inscrito, pensou em tornar-se um atleta individual. Mas se o fizesse, deixaria para trás outros companheiros e um grupo de atletas jovens que tinha vindo a apoiar e que o motivaram. Foi então que decidiu e após uma conversa com um amigo, fundar o Maratona Clube Vila Chã.
Nome do clube é homenagem a Cipriano Lucas
Juntamente com o amigo e outros sete elementos, Jacinto Correia fundou o clube que tem este nome em homenagem ao seu amigo Cipriano Lucas, que foi atleta do Maratona Clube Portugal.
Jacinto Correia acumula as funções de presidente com as de treinador e é ainda atleta, tendo já completado 25 maratonas, com um recorde pessoal de 2h36m51s, obtido em Berlim.
O Maratona Clube Vila Chã tem atualmente 46 sócios. As quotas variam de 50 cêntimos mensais para quem tem entre 6 e 9 anos de idade,75 cêntimos para quem tem entre 9 e 18 anos e mais de 65 anos e um euro para quem tem entre 18 e 65 anos.
O clube tem apenas em funcionamento a Secção de Atletismo que tem atualmente 22 atletas, desde benjamins a veteranos. A sede do clube funciona na casa do presidente, em Seia.
Objetivos da época: máximo de títulos e zero lesões
Jacinto Correia define em poucas palavras, os objetivos para esta época: “Máximo de títulos e zero lesões”.
O clube está satisfeito com a prestação dos seus atletas que participam em provas de pista, estrada e trails. “O clube continua a apostar na formação, mas também apoia atletas mais veteranos que anualmente lutam e obtém pódios nacionais, por vezes internacionais, nomeadamente, já contou com atletas na seleção nacional de Masters”. Alexandre Figueiredo merece uma referência especial da parte do presidente pois viria a transferir-se para o SL Benfica.
Localizado no interior, as principais dificuldades do Maratona Clube Vila Chã passam por vezes pelo reduzido número de provas e pelas deslocações para provas maiores. O clube participa em cerca de 50 provas por ano e percorre anualmente cerca de 12.000 quilómetros em deslocações para as competições.
MARATONA CLUBE VILA CHÃ
Concelho: Seia
Ano fundação: 2011
Presidente: Jacinto Correia
Atletas: 22
Técnico: 1
Orçamento: 6.000 euros
Seis mil euros de orçamento
O orçamento ronda os seis mil euros. Para fazer face a esta despesa, o clube conta com os apoios da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal e ainda de alguns privados como a Quinta do Crestelo, Restaurante Mirante da Estrela – Sabugueiro, Balequi Contabilidade, Snack Bar Tuti Fruti Seia e Móveis Sancho.
Os apoios aos atletas passam pelas inscrições, transportes (para competições e para treinos), equipamentos e cerimónia de aniversário do clube por si paga, onde são homenageados os atletas e os apoiantes do clube.
“Este clube funciona muitas vezes como primeiro contacto com o desporto para os atletas jovens e não jovens”
Clube organizador de provas importantes na região
O Maratona Clube Vila Chã já organizou dois Campeonatos Distritais de Corta-Mato da A.A. Guarda e a Corrida do Alva que percorre dois concelhos (Seia e Oliveira do Hospital), dois distritos (Guarda e Coimbra) e duas localidades (Sandomil e Penalva de Alva. Trata-se de uma prova importante a nível regional, pois alberga dois Distritais de Estrada (Guarda e Coimbra). Na última edição, estiveram presentes cinco atletas olímpicos e foi batido o record de participações com 700 atletas.
Estórias de campeões e de uma desqualificação
Estórias não faltam a este clube. Jacinto Correia relata-nos três passadas com os seus atletas.
1ª) Participação no Campeonato Nacional de Estrada em Benavente: a primeira prova de um dos atletas Masters foi precisamente num Nacional de Estrada (15 km). Correu-lhe tão bem que se sagrou campeão de estrada no escalão de M60.
2ª) Participação nos Nacionais de Juniores de pista em 5000 m: a “tática” mais utilizada pelo atleta Alexandre Figueiredo é partir a matar e acabar a morrer. Nesta prova e logo após a partida, o Alexandre tomou a liderança e impôs o seu ritmo. Tal, causou grande admiração no público, pensando que ele não fosse capaz de manter o forte andamento imprimido. A verdade é que o Alexandre manteve o ritmo até ao fim e sagrou-se campeão nacional dos 5000 metros.
3ª) Participação no Campeonato Nacional de Juniores: o clube levou uma equipa de juvenis para participar na estafeta júnior de 400 m. A equipa foi desqualificada no 3º percurso, dada a ansiedade e a vontade de correr por parte de um dos atletas.
“O Clube importa-se com o bem de estar de todos os nossos atletas, desde os jovens até aos mais veteranos”
Papel importante do clube na região
A terminar, Jacinto Correia referiu alguns aspetos que considera importantes. “O Clube importa-se com o bem de estar de todos os nossos atletas, desde os jovens até aos mais veteranos. Todos os anos, o clube premeia: os jovens atletas que demonstram um bom desempenho escolar; o atleta que demonstrou mais esforço nessa época; o atleta que tem vindo a desempenhar um bom trabalho ao longo de várias épocas; e todos aqueles que de alguma forma ajudam o clube na sua luta diária”.
Ainda na sequência, acrescentou: “Este clube funciona muitas vezes como primeiro contacto com o desporto para os atletas jovens e não jovens, orientando muitas vezes pessoas que apenas correm sem a competição em mente, apenas num ato de bem-estar pessoal. Muitos destes atletas, após este primeiro contacto, nunca abandonam o atletismo”.
A terminar, Jacinto Correia falou da existência de um blogue e de uma página no facebook onde são divulgados os resultados do clube e a promoção feita do atletismo regional e nacional, “bem como o associativismo e a amizade entre associações/clubes para que o futuro do desporto seja brilhante”.