Contactado pela agência Lusa, o também vereador do Desporto da CML, indicou que o anúncio foi feito no final de um jantar, em Lisboa, com a comunidade desportiva de Lisboa e o comité do ACES Europe, que realizou uma visita técnica à capital para avaliar as condições do evento.
“Não foi uma surpresa. Achámos sempre que Lisboa venceria”, disse o vice-presidente da CML, indicando que a capital portuguesa competia com Haia, na Holanda, onde o comité tinha estado anteriormente.
Esta semana, o comité de avaliação ‘European Capitals and Cities of Sport Federation’ visitou Lisboa e o presidente daquele organismo, Gian Lupattelli, deu uma conferência de imprensa em conjunto com Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo.
Sobre a escolha, Duarte Cordeiro considerou-a “o culminar de todo um percurso que tem sido seguido de maneira a aumentar de forma significativa a atividade desportiva”.
“É um prémio para Lisboa e também é uma responsabilidade”, acrescentou.
O responsável tinha anunciado na sexta-feira que o município de Lisboa vai investir 26 milhões de euros em equipamentos desportivos até 2021, já a pensar na vitória desta candidatura.
“Temos todo um investimento preparado até 2021, que estimamos em 26 milhões de euros”, disse, na sexta-feira, o vereador, especificando que o investimento se destina a “equipamentos, seja na beneficiação ou requalificação”.
Falando em números, o vice-presidente da autarquia elencou na altura que “223 mil pessoas praticam regularmente atividade física desportiva nas instalações da cidade” e que a Câmara apoiou 89 clubes em 2015, valor que aumentou para 118 clubes no ano seguinte.
“Entre 2012 e 2017, a Câmara Municipal de Lisboa apoiou os clubes da cidade em 4,2 milhões de euros”, acrescentou.
Na sua opinião, Lisboa “é uma referência a nível europeu para acolher grandes eventos internacionais”, uma vez que a cidade recebeu entre 2012 e 2016 “309 grandes eventos desportivos”.
Nos anos 2014 e 2015, isto representou um impacte “direto de 20 milhões de euros e um impacte indireto de 100 milhões de euros”, segundo um estudo universitário encomendado pelo município, que o vice-presidente citou.
O vice-presidente e o secretário de Estado deixaram ainda uma palavra de apreço ao trabalho desenvolvido pelo anterior vereador do Desporto, Jorge Máximo, que liderou a maior parte do processo da candidatura, que teve início em meados de 2016.